A tecnologia das décadas de 80 e 90 tinha peso, botões físicos e uma série de rituais que hoje soam absurdos, mas que estão gravados em nossa memória afetiva. Era uma tecnologia tátil, cheia de manias e limitações que, de alguma forma, a tornavam mais especial.
Quem não se lembra de carregar um Discman e torcer para a rua não ter buracos para o CD não “pular”? Ou da era pré-smartphone, quando ter um celular “tijolão” da Motorola era sinônimo de status? A música era portátil, mas exigia planejamento. A comunicação era móvel, mas pesava no bolso — literalmente.
A experiência de ter um computador em casa também era única. O som da conexão discada era a trilha sonora da madrugada, uma promessa de acesso a um mundo novo que ocupava a linha telefônica. Jogar envolvia rituais como assoprar o cartucho do videogame e a manutenção do PC incluía abrir o mouse para limpar a esfera de borracha que acumulava sujeira. E não podemos esquecer da responsabilidade de cuidar de um Tamagotchi, o bichinho virtual que nos ensinou sobre vida e morte digital. Cada um desses aparelhos e rituais conta uma história sobre uma época em que a tecnologia era menos onipresente, mas talvez, por isso mesmo, muito mais marcante.
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